As batidas na carteira
As crianças foram passar as férias no sítio da vovó.
Vovó sempre disposta a encantar as crianças com suas histórias, reúne todos os netos na sala, munidos de muita pipoca e suco. Antes de começar a contar a história, Pedrinho diz:
– Vovó, conte histórias de espíritos!
Sabendo do receio de Aninha sobre o assunto, vovó então aproveitou e disse:
– Vou contar a história de duas menininhas que descobriram a existência dos espíritos…
Era uma vez Margareth e Caterine, que se mudaram com seus pais para uma cidade nos Estados Unidos, chamada Hydesville.
Na nova casa, elas passaram a ouvir barulhos de batidas e arranhaduras à noite. Um dia, os sons aumentaram e, apesar do medo, Caterine resolveu desafiar o mistério. A menina batia palmas e a resposta vinha com batidas na parede.
– Ah! Vovó, era o vizinho! – falou Aninha com um ar aliviado.
– Não, Aninha. Não havia mais ninguém por lá. Assim, os adultos resolveram investigar a história das meninas e viram que elas estavam se comunicando com espíritos através de palmas e pancadas. As pessoas faziam perguntas e eles respondiam com batidas formando letras do alfabeto.
– Devia demorar para formar uma frase, então – disse Pedrinho.
– Demorava muito, porque cada número de batida era uma letra! Foi assim que as pessoas começaram a acreditar em espíritos.
Pedrinho pensou, pensou e resolveu fazer a pergunta:
– Vovó, bem que em vez do Paulo ficar batendo na minha carteira para pedir cola na prova de matemática, um espírito podia me ajudar, dando as batidas dos resultados! Ao menos eu só ia contar as pancadas e colocar o número, porque letra é mais complicado de entender!
Antes que ela ficasse brava, Pedrinho disse:
– Calma, vovó, para prova de português eu arrumo outro método!
Texto do livro: Tem espíritos no banheiro?
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